A Copel pretende entregar até o fim de outubro, ao governador Roberto Requião, o resultado dos estudos de viabilidade que vêm desenvolvendo para o projeto de produção de biodiesel. A previsão é do diretor de engenharia da Copel, Luiz Antonio Rossafa, que apresentou durante a Escola de Governo de ontem o andamento do trabalho.
As análises são feitas em conjunto com outras secretarias, institutos de pesquisa e universidades e devem sugerir, ao final, um modelo para a instalação de pequenas e médias usinas de processamento de oleaginosas, que sejam capazes de conjugar eficiência e economia. “A idéia é estruturar arranjos produtivos, que atendam, da melhor maneira, os pequenos produtores agrícolas, aumentando sua renda e gerando riquezas”, resumiu Rossafa.
O governador reforçou à Copel o pedido para que o projeto seja destinado aos pequenos e médios produtores rurais. Para Requião, o grande obstáculo a ser superado por um programa estadual de biodiesel é o da logística de transportes.
Não se pretende, de acordo com Requião, que a Copel monopolize a transformação de oleaginosas nem que se dedique à produção de ração ou de adubo. “Queremos que a Copel utilize os recursos que dispõe para investir em tecnologias de novas fontes de energia, desenvolva e implante os projetos de forma descentralizada, com cooperativas e associações de produtores, para não prejudicar a produção de alimentos”.
DESAFIO – Em sua exposição, o diretor de engenharia da Copel observou que a missão atribuída à empresa pelo governador “é um enorme e estimulante desafio, pois as pesquisas com biocombustíveis são uma completa novidade para a estatal”. Segundo Rossafa, os estudos em andamento permitiram concluir que a viabilidade econômica das usinas para produção de biodiesel está fortemente associada à verticalização de todo o processo industrial.